A Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de R$ 6,6 milhões das contas da Unisul para garantir o pagamento de salários atrasados. O valor é referente a duas ações movidas por sindicatos de trabalhadores, uma em Tubarão e outra em Palhoça.
Na ação movida pelo Sinpaaet, em Tubarão, o juiz da 2ª Vara do Trabalho, Elton Antônio de Salles Filho, determinou o bloqueio de R$ 3,6 milhões, referente à folha de pagamento do mês de abril. Antes do bloqueio, a Unisul chegou a propor saldar as remunerações em atraso até o dia 15 de agosto, mas o sindicato negou o acordo.
No outro pedido de liminar, o Sinproesc solicitou a penhora de R$ 10 milhões. A juíza da 12ª Vara da Justiça do Trabalho, Ana Letícia Moreira Rick, acolheu o pedido parcialmente e decidiu pelo bloqueio de R$ 3 milhões, “a fim de resguardar o pagamento em dia dos salários, depósitos de FGTS, gratificações natalinas, férias e contribuições previdenciárias”.
Nota da Unisul
A universidade divulgou, em nota, que as decisões “agravam, substancialmente, as dificuldades para as soluções dos desafios econômico-financeiros”, mas que está consciente da “necessidade urgente de manter os salários dos seus colaboradores em dia”. “A Unisul reitera que não cumpriu com a integralidade dos salários por conta das dificuldades de caixa que vem enfrentando e reitera que segue empenhada na busca de recursos alternativos para o saldamento dos salários e de todos os compromissos financeiros”, segue a nota.
Crise
No último dia 13, o ExtraSC publicou uma grande reportagem, reunindo todos os possíveis fatores que criaram esta crise financeira na Unisul. O material teve grande repercussão e o site recebeu mensagens e ligações de políticos e gestores educacionais, como o prefeito Joares Ponticelli e o presidente da Fundação Unisul, Salésio Herdt.