A cadeira produtiva do carvão mineral gera 7,2 mil postos de trabalho diretos e tem injetado R$ 700 milhões por ano na economia da região sul de Santa Catarina, decorrente de pagamentos de salários, transporte e fornecedores. Na ponta desta cadeia de geração de energia está o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, da Engie Brasil, em Capivari de Baixo, que produz em média 220 MW por mês.
A extração é realizada em minas de carvão e seu transporte até a Jorge Lacerda é realizado pela Ferrovia Tereza Cristina (FTC). Estudos desenvolvidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que para cada emprego gerado na cadeia produtiva do carvão mineral ajusta-se um fator multiplicativo por três, chegando ao cálculo de 29 postos indiretos de trabalho. Com base nestes números, e multiplicando-se por quatro, estimativas chegam a 100 mil pessoas beneficiadas com a atividade.
As minas onde é extraído o mineral que abastece a Jorge Lacerda são de subsolo, localizadas nos municípios de Treviso, Lauro Müller e Içara. De acordo com informações do diretor técnico do Sindicato da Indústria da Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), engenheiro Márcio Zanuz, atualmente são gerados uma média de três mil postos de trabalho diretos nas minas de carvão, com uma produção média de 2,4 mil toneladas ao ano. Atividade centenária na região, além da eletricidade, o carvão mineral também está presente no cimento para construção civil, além de inúmeros outros usos que têm sido desenvolvidos por meio de pesquisas em centros tecnológicos.