Um novo desafio viral entre estudantes ganhou destaque na internet nos últimos dias e começou a gerar preocupação entre pais e professores devido aos perigos da prática.
Chamada de “quebra-crânio”, a brincadeira é realizada com a participação de três pessoas, que ficam lado a lado. Enquanto as duas das extremidades pulam, a do meio, que não sabe como o jogo funciona, pula também. E é neste momento que os dois jogadores aplicam uma rasteira no participante desavisado, causando a sua queda.
No final do ano passado, uma adolescente de 16 anos morreu, no Rio Grande do Norte, depois de bater a cabeça enquanto participava da brincadeira.
Segundo o neurologista Nelson Ubaldo Filho, ao bater a cabeça ou a coluna cervical, a pessoa pode sofrer sérias lesões. “Às vezes essas lesões não ocorrem de imediato, mas acabam levando algum tempo para se manifestar”.
Após repercussão do desafio, a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia divulgou um alerta. “Esta queda pode provocar lesões irreversíveis ao crânio e encéfalo, além de danos à coluna vertebral. Como resultado, a vítima pode ter seu desempenho cognitivo afetado, fraturar diversas vértebras, ter prejuízo aos movimentos do corpo e, em casos mais graves, ir a óbito”.