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EDITORIAL: Tubarão é muito maior e melhor que essa tal “república”

Política

EDITORIAL: Tubarão é muito maior e melhor que essa tal “república”

Por Redação do EXTRA.SC

Atualizado em 21/05/2020 21:10

Desde o início do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), ganhamos o afrontoso apelido de “República de Tubarão“. Políticos e jornalistas do estado passaram a falar da gente com menosprezo. Pessoas que nunca balbuciaram sobre as “repúblicas” de Lages, Joinville, Florianópolis e Criciúma, que se revezaram na administração do estado nas últimas décadas.

Mas fiquem tranquilos. Não vamos defender o indefensável. Só precisamos saber separar o joio do trigo.

Essa semana, os deputados Ivan Naatz (PL) e Kennedy Nunes (PSD) bradaram, e com razão, sobre o poderio de Lucas Esmeraldino, nosso desvanecido conterrâneo, na governança estadual. O jornal Notícias do Dia trouxe à tona as indicações do secretário, que beneficiam com o erário público familiares e amigos. Em algum momento, citaram a alcunha “República de Tubarão“.

Aí é que pecam pela falta de cautela. A nossa Tubarão, que está prestes a completar 150 anos, nada tem a ver com a “República de Tubarões”, essa sim, que abocanhou o poder no estado. São termos parecidos, mas com significados distintos.

Não me recordo se os senhores já vieram à nossa cidade, seja para trazer recursos, posar pra fotos ou pedir uns votinhos. Por isso, vamos apresentá-la. Aqui, as pessoas se respeitam, acolhem. Como fizemos com o governador florianopolitano – e não tubaronense – durante o tempo em que ele trabalhou no nosso Corpo de Bombeiros. Moisés sequer tem uma daqueles dezenas de títulos que a Câmara de Vereadores distribui anualmente.

Por falar em Câmara, esse tal de Lucas, se forem pesquisar bem, nem quando era vereador aparecia por aqui. Pediu licença médica para poder percorrer o estado alistando membros para o “partido de Bolsonaro”. Também não faz falta.

Nossa terra é formada por gente de verdade, honesta, que acorda cedo e dorme tarde. Pessoas que têm no sangue a reconstrução. Uma cidade negligenciada há décadas pela política reles e mesquinha, muitas vezes, pautada nos interesses pessoais. Não generalizem. Essas pessoas que vocês citam não representam a cidade, tampouco o nosso povo de bem.

Por isso, nobres deputados e colegas de imprensa. Em nome de 104 mil pessoas, nascidas aqui ou que adotaram nossa terra para viver, pedimos encarecidamente: parem de usar esses termos avilanados e não envolvam mais a nossa cidade em todos esses escândalos, repletos de tubarões sim, jamais de tubaronenses de verdade.

PS.: um pedido de desculpas é de bom grado.

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