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Unisul/Ânima nega formatura antecipada para alunos de Medicina

Educação

Unisul/Ânima nega formatura antecipada para alunos de Medicina

Pela pandemia do novo coronavírus, lei federal permite que a colação de grau seja antecipada.

Um grupo de 36 alunos do último semestre de Medicina reclama da dificuldade que a Unisul/Ânima estaria impondo para antecipar a colação de grau da turma, prática permitida desde a sanção da Lei federal nº 14.040, de 18 de agosto.

Segundo o texto, o Conselho Nacional de Educação permite que as instituições de ensino superior adiantem a conclusão dos cursos de Medicina, Farmácia, Enfermagem, Fisioterapia e Odontologia, desde que o aluno cumpra, no mínimo, 75% da carga horária do internato ou 75% dos estágios curriculares obrigatórios.

Segundo o grupo de estudantes, além de negar a colação, a universidade não tem oferecido ferramentas para o cumprimento da carga horária, condições sanitárias e garantias da ininterrupção do internato. Para cumprir o internato até a formatura, seria necessário a permanência de 13 alunos por turno na UTI do hospital. Por causa da pandemia, estão sendo permitidos apenas dois acadêmicos por turno. Em conversa com a reportagem, um representante dos futuros médicos reclamou também da forma como os estudantes passaram a ser tratados, desde que o Grupo Ânima assumiu a gestão da Unisul. “Os alunos estão sendo tratados como mercadoria”, desabafa.

Em 13 de agosto, 34 estudantes que já possuíam carta de emprego para trabalhar no atendimento a pacientes com COVID-19 chegaram a protocolar na Justiça o pedido de antecipação da formatura. Uma limitar foi deferida, mas a  Unisul/Ânima conseguiu a derrubada de quase todas elas. Sete alunos chegaram a receber os diplomas, mas quatro tiveram a colação cassada. Os outros três são os únicos a, por enquanto, terem o direito ao registro no Conselho Regional de Medicina.

A pandemia do novo coronavírus tem sobrecarregado os profissionais de Saúde. A procura por médicos é grande em todo o país e, na Amurel, não é diferente. Por isso, a lei sancionada beneficia o atendimento a pacientes suspeitos ou infectados, especialmente os que dependem do Sistema Único de Saúde. Formar novos profissionais aumentaria a mão de obra especializada em hospitais e clínicas.

 

Resposta da Unisul/Ânima

Em nota (leia na íntegra abaixo), a Unisul/Ânima justifica a decisão alegando “dano pedagógico” causado pela “perda de conteúdos e vivências importantes do curso”. Em relação ao texto legal mencionado, esclarece que “se trata de uma faculdade atribuída às instituições de ensino superior, considerando o princípio da autonomia universitária”.

A universidade garante ainda que reestruturou os campos de estágio do internato “para reduzir o impacto das áreas comprometidas no semestre anterior, e tem buscado ampliar as unidades de atendimento de saúde ambulatoriais e hospitalares, permitindo a realização presencial do internato”.

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