Há exatamente um ano, em 15 de março de 2020, a Amurel registrou o primeiro caso confirmado de COVID-19. O paciente foi internado em um hospital de Braço do Norte. A essa altura, a doença ainda era rara e tinha acometido apenas seis catarinenses.
Desde então, o número de casos tem sido cada vez mais preocupante no mundo e especialmente no Brasil. O país registrou, na última quarta-feira (10), o triste recorde de 2.286 mortes em 24 horas. Isso representa um óbito confirmado a cada 37 segundos.
Mesmo depois de 12 meses convivendo com restrições e picos de casos, chegamos ao panorama mais chocante da pandemia: a superlotação do sistema público de saúde. Quase 400 catarinenses aguardam por atendimento em UTIs. Pacientes da região oeste, que entrou em colapso primeiro, precisaram ser transferidos para o Espírito Santo.
Nas esferas governamentais, a politização da Saúde agrava a situação ainda mais. De um lado, o presidente da República que não dá bons exemplos e desdenha do alto índice de destruição que o coronavírus tem causando. De outro, governadores e prefeitos que, em sua maioria, preferem não se indispor com o eleitor – afinal, às vezes, medidas consideradas impopulares parecem ser necessárias.
Para os próximos meses, esses governantes precisarão ouvir mais profissionais da Saúde e manter os investimentos na área. Nós, população, mais do que nunca, precisaremos seguir os protocolos de segurança, incluindo uso de máscaras, álcool em gel e mantendo o distanciamento social. Um ano depois, o que parecia apenas uma epidemia, ganhou força e virou uma pandemia que, pelo jeito, não tem hora pra terminar.
Cuide-se!