A imposição da política de Covid Zero na China gerou um caos social e sanitário, culminando com a morte de dez pessoas numa fábrica em Xinjiang e protestos contra Xi Jinping. Essa situação levou o líder chinês a determinar o fim de uma longa política em um dos últimos países a ainda sofrer de forma substancial com a pandemia que assolou o mundo em 2020 e 2021.
Com o fim da política de Covid Zero, a China vivia um sentimento generalizado de alívio. No entanto, a falta de um elemento essencial está colocando o país em uma situação complicada que, como da última vez, acarreta em inúmeros problemas interligados: pressão nos hospitais, mortes, fechamento de fábricas, danos à cadeia de produção e impacto negativo na economia (que é a principal base de sustentação do Partido Comunista Chinês perante a sociedade). Esse elemento primordial para superar a crise é a vacina.
A falta de vacinação eficiente na população fez com que uma situação caótica se estabelecesse no país. No momento, quase um terço da população de Pequim (22 milhões) está com suspeitas de estar com o coronavírus. O caos começa a se disseminar na mesma proporção de contaminação do vírus. Caminhoneiros não conseguem levar cargas e suprimentos de um lugar para outro, alimentos não estão chegando nos supermercados e a população, começando a se desesperar, acumula o máximo de produtos não perecíveis.