Um decreto publicado nesta terça-feira (31) diz que a crise dos Yanomami é uma “emergência em saúde pública de importância nacional” e dá poderes mais amplos às Forças Armadas para atuar na Terra Indígena e combater o garimpo ilegal.
A medida permite a Aeronáutica identificar, rastrear e conduzir para fora todo e qualquer avião civil que passe pelo espaço aéreo da reserva indígena. Isso é importante porque na Terra Yanomami os aviões são o meio de transporte mais usado pelos criminosos. Não só para levar o minério extraído ilegalmente, mas para fornecer combustível e comida para os garimpeiros.
O Exército vai fazer o trabalho de campo e vigilância e, com ajuda do setor de inteligência, vai identificar os criminosos e as quadrilhas que atuam na região. A Marinha irá vigiar os rios mais usados pelos garimpeiros: o Uraricoera, o Mucajaí e o Catrimani.
A Aeronáutica também ficará com o transporte de policiais e agentes da Polícia Federal, do Ibama e da Força Nacional, que atuarão na destruição de aviões usados pelos garimpeiros e outros equipamentos do garimpo.