Entidades e pesquisadores da área da educação avaliam como necessidade a revogação da lei de 2017 que estabeleceu o novo ensino médio e sugerem a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio publicadas em 2012. Na última semana, o Ministério da Educação abriu consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio, mas, para os especialistas, antes do diálogo, é urgente a revogação da medida.
A consulta tem prazo de 90 dias para as manifestações, com possibilidade de prorrogação. O ministro da Educação, Camilo Santana, afirma que a consulta é exatamente para orientar e subsidiar as decisões que serão tomadas.
A atual política do ensino médio tem o objetivo de tornar a etapa mais atrativa, implantar o ensino integral e evitar que os estudantes abandonem os estudos. Com o modelo, parte das aulas deverá ser comum a todos os estudantes do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular. Na outra parte da formação, os próprios alunos poderão escolher um itinerário para aprofundar o aprendizado.
Entre as opções, está dar ênfase às áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ao ensino técnico. A implementação ocorre de forma escalonada até 2024.