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Alguns números da COVID-19 na saúde e na economia

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Alguns números da COVID-19 na saúde e na economia

Em janeiro de 2020, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o surto do novo Coronavírus constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) – o mais alto nível de alerta da Organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário Internacional. Essa decisão buscou aprimorar a coordenação, a cooperação e a solidariedade global para interromper a propagação do vírus. Já em março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. O termo “pandemia” se refere à distribuição geográfica de uma doença e não à sua gravidade. A designação reconhece que, no momento, existem surtos de COVID-19 em vários países e regiões do mundo. (OPAS, 2020). Após esses acontecimentos todos sabemos o desenrolar que se deu na história.

O grande problema é como essa pandemia chegou a um mundo sem um conhecimento prévio da doença e também cheio de informações e de desinformações diárias. Isso trouxe insegurança para gestores públicos e privados, uma vez que tomada de decisão geralmente é pautada em ações de planejamento com previsão e projeções nas organizações.

 

Como organizar uma empresa no curto prazo sem indicadores e índices?

Para contribuir com gestores, e trazer dados para análise do que acontece com a doença e com a economia local, apresentam-se alguns números. A escolha foi o município de Tubarão. A escolha de Tubarão por ser mais fácil identificar informações no horizonte local e por ser o maior município da AMUREL (Associação dos Municípios da Região de Laguna), ao invés de números macros do Estado Santa Catarina ou do Brasil. Mas, cada leitor ou gestor pode fazer as consultas de seu município e refazer os indicadores que iremos apresentar. Passa-se apresentar os mesmos.

Com dados obtidos pelo portal de transparência dos cartórios brasileiros, o município de Tubarão teve no ano de 2018 entre os meses de janeiro até julho 486 óbitos. Em 2019 pelo mesmo período foram 485 mortes e agora no ano de 2020 de janeiro a julho foram 429 óbitos. Aconteceram menos óbitos que nos dois anos anteriores e com uma queda significativa de (-13%) menos treze por cento de óbitos para o mesmo período. A notícia é muito boa e tranquilizadora, uma vez que apontam que os números estão dentro de uma normalidade e com queda. Com os óbitos de Covid-19 até presente data foram de 52, com relação ao número total de óbitos, estes representaram 12,12%. Com relação ainda aos óbitos, em Tubarão pelos dados do IBGE apresenta uma população em torno de 105.448 habitantes, o percentual que atingimos de mortes é de 0,049% com relação à população total.

Já para o número de infectados temos até o momento 4.017 pessoas, dados fornecidos pelo portal da PMT no painel da Covid-19 da Fundação Municipal de Saúde, que dá um percentual de 3,81% de contaminados com relação à população total de habitantes. Sobre o número de contaminados temos 2.191 casos em mulheres e 1.791 casos em homens (a soma dá 3.982 e não 4.017, mas é esse o número no portal), uma diferença de 18,25% a mais nas mulheres. As mulheres apresentam números superiores em todas as faixas etárias e a maior concentração de casos está entre os 30 e 39 anos de idade. Os homens assim apresentam índices em média em todas as faixas etárias de 79,39% em relação às mulheres. O índice de cura é de 74,63%, pois o número de curados atinge 2.998.

Sobre a taxa de letalidade da doença temos no Brasil até o momento o índice de 3,2%, já no Estado de SC apresenta índice de 1,47% e em Tubarão o índice de letalidade ainda é mais baixo com 1,29%.

Outros índices que podem ser analisados, para tentar entender o combate à pandemia são o tempo médio de permanência de internação e o número de profissionais atuando e dos equipamentos de manutenção da vida.
Inicia-se pelo tempo médio de internação. Como não temos informações da doença em anos anteriores, buscou-se nos dados site do DataSUS, a média anual de internação de doenças. De forma geral no ano (de todas as doenças) de 2016 foi de 7,4 dias de internação. Em 2017 a média foi de 6,8 dias. Já no ano de 2018 foi de 6,1 dias e no ano de 2019 a média anual foi de 6,4 dias de internação. Esse índice é o índice médio para todas as doenças.

Tentou-se buscar então informações de doenças que tivessem uma relação com aparelho respiratório, doenças como: Bronquite enfisema e outras doenças pulmonares de obstrução crônica, Asma, Bronquiectasia, Pneumoconiose, e Outras doenças do aparelho respiratório. A média anual para essas doenças foram em 2016 de 8,7 dias em média de permanência, em 2017 de 9,2 dias, no ano de 2018 a média foi de 9,4 dias e, em 2019 a média foi de 8,7 dias. Essa informações estão disponíveis no site DataSus em http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/nrsc.def. Percebe-se aqui um aumento com relação a essas doenças do aparelho respiratório. Para Pneunomia sanitária (Tisiologia) o tempo médio de internação é de 15,2 dias.

Mas saber destas informações e não ter equipes para atendimento também nos deixa vulneráveis. Assim utilizamos as informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde-CNES no Caderno de Informações de Saúde dos Municípios com a situação da base de dados nacional em 10/04/2010, os números são para cada 1.000 habitantes. Com relação de Médicos no geral temos 8,1 profissionais por mil habitantes e de 5,3 Médicos para os que atendem pelo SUS. Para somente os Médicos Clínicos Gerais, temos 1,8 profissionais no geral. O índice cai para 1,5 para profissionais que atendem no SUS. Para enfermeiros o índice é de 0,7 para mil habitantes. Já para os Auxiliares de Enfermagem temos a média de 2,5 profissionais e de técnicos de Enfermagem temos o índice de 0,6 profissionais por mil habitantes.

E, para equipamentos de manutenção da vida temos disponíveis 272 equipamentos, sendo 270 em uso e 23 equipamentos disponíveis ao SUS, informações também do Caderno de Informações de Saúde dos Municípios. Para os leitos temos número de 4,3 leitos para mil a habitantes e de 2,7 leitos no SUS para mil habitantes.

Alguns dados complementares do IBGE (PNAD, 2020) contribuem para apreciação. Temos como taxa de desocupação em Santa Catarina o índice de 6,2%. A redução das vendas ou serviços comercializados reduziu neste período 47,8% e um percentual de 28% das empresas anteciparam férias aos funcionários. Um total de 53% das empresas apresentam ainda dificuldades em cumprir pagamentos de rotina. E, no Brasil ainda 5,8 milhões de pessoas estão afastadas pelo distanciamento social. Destes a menor incidência é dos empregadores com 7,6%. O maior número está nos empregados domésticos com 26,8% e dos servidores públicos com 24,4%.

Os gestores públicos e privados devem ter esses números analisados para suas ações. Verificar quais são possíveis de correção ou ajustes, como prevenir e até de alguma forma tentar controlar e evitar fortes impactos nas suas organizações e na população em geral. Administre seu negócio

 

Dica de Filme: O homem que virou o jogo

Baseado em fatos reais ocorridos durante a Major League Baseball de 2002, e também no livro Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game, do escritor Michael Lewis. Lançado em 2012, filme que mostra a inacreditável sequência de 20 vitórias consecutivas do time com os menores salários da liga daquele ano, estabelecendo um novo recorde. O pequenino Oakland Athletics surpreendeu o mundo do baseball ao conseguir destaque na Liga Americana. O filme busca mostrar justamente o “truque” que levou o time ao sucesso, e que passou a ser adotado por muitas outras equipes da MLB (Major League Baseball) nos anos seguintes.

O homem que virou o jogo. Dirigido por Bennett Miller. EUA: Columbia Pictures, 2012. 1 DVD (133 min.).

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