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Microfinanças e Microcrédito – opção ao pequeno negócio

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Microfinanças e Microcrédito – opção ao pequeno negócio

Foto: Reprodução

Uma proposta de ofertar crédito aos empresários de microempresas está sendo desenvolvida nas últimas décadas, segundo Robinson (2001), oriundas de algumas ONGs provedoras de crédito. A proposta de apoiar o desenvolvimento econômico e social de famílias de baixo nível de renda, com a concessão de crédito baseada no caráter.

 

Temos no mundo mais de 500 milhões de pessoas carentes que são economicamente ativas em microempreendimentos, ou que estão empregados informalmente por estes, que pelo fato de não ter acesso aos serviços financeiros adequados, apresentam poucas condições de crescimento (ARAÚJO, 2012). Santana (2011) complementa que temos cerca de 25 bilhões de dólares que são operados pelo setor de microfinanças no mundo, capazes de atender a 100 milhões de clientes.

 

Historicamente a nível mundial, temos algumas propostas que merecem destaque. O primeiro foi a do programa implementado pelo professor Muhammad Yunus, em 1976 que concedeu empréstimo à população pobre de Bangladesh criando o Banco Grameen, que oportunizava empréstimos na sua maioria às mulheres, com concessão de um aval solidário e com a presença de um agente de crédito. A segunda experiência foi na Indonésia do Bank Rakyat, um banco estatal que criou uma área específica de microcrédito para conceder empréstimos individuais. E, finalmente a última proposta aconteceu na Bolívia com o Banco Solidariedade – BancoSol. Destacou-se por ser o primeiro banco comercial com bases lucrativas focadas exclusivamente em microcrédito.

 

No Brasil a experiência mais antiga que se conhece com atividade de microcrédito foram as que aconteceram nos municípios de Recife e Salvador no ano de 1973, no chamado programa UNO – União Nordestina de Assistência a Pequenas Organizações. Esse programa durou dezoito anos e além do crédito fazia promoção da capacitação de trabalhadores informais, também ofertava treinamentos em gestão e realizava pesquisa sobre o perfil do setor informal, dos pequenos negócios e sobre o impacto do microcrédito nas regiões de atuação. Com advento da Lei 9.790/99 intitulada Lei do Terceiro Setor em 1999, possibilitou que uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pudesse operar com microcrédito. E de lá para cá, esse modelo está cada vez mais sendo ampliado.

 

Dois termos são utilizados neste ambiente, microcrédito e microfinanças. De acordo com Coelho (2006) microfinanças compreende a provisão de serviços financeiros voltados para os pobres, lidando com depósitos e empréstimos de pequena monta, independentemente da possível destinação do crédito tomado. O termo microfinanças, portanto, refere-se à prestação de serviços financeiros apropriados e sustentáveis para população de baixa renda, excluída do sistema financeiro formal, com utilização de produtos, processos e gestão diferenciados.

 

Já a atividade de microcrédito é definida como aquela que, no contexto das microfinanças, se dedica a prestar esses serviços exclusivamente a pessoas físicas e jurídicas empreendedoras de pequeno porte, diferenciando-se dos demais tipos de atividade microfinanceira também pela metodologia utilizada, bastante diferente daquela adotada para as operações de crédito tradicionais. É entendida como principal atividade do setor de microfinanças pela importância para as políticas públicas de superação da pobreza e também pela geração de trabalho e renda (LIMA, 2004). O Microcrédito então pode ser definido como a concessão de empréstimos de baixo valor a pequenos empreendedores informais e formais sem acesso ao sistema financeiro tradicional, principalmente por não terem como oferecer garantias reais. Sendo um crédito destinado à produção (capital de giro e investimento) que utiliza metodologia própria, voltada ao perfil e às necessidades de seu público alvo (SOARES; MELO SOBRINHO, 2008).

 

Para Lima (2004) de forma distinta dos empréstimos de crédito direcionado ao consumo, o microcrédito caracteriza-se por ser destinado (i) no apoio ao pequeno negócio informal e formal (microempresa). Com o intuito de prover sustentabilidade a esses pequenos negócios. Utiliza assim (ii) o crédito adequado ao porte do negócio.

 

Também se caracteriza (iii) quanto às garantias, que podem ser de duas formas: com chamado aval solidário e com avalista (ou fiador). Outra característica importante (iv) é a utilização do agente de crédito que é um profissional que faz o acompanhamento da empresa, tanto na forma de sua gestão, quanto na aplicabilidade dos recursos de crédito. Finalmente, o microcrédito apresenta (v) um papel estratégico de na geração de empregos, trazendo o resgate da cidadania ao ajustar resultados de autoestima aos pequenos empresários.

 

Procure em sua cidade ou região alguma instituição que trabalhe com o microcrédito, você verá que existem possibilidades para todo tipo de empreendimento e que poderão ajudar sua empresa. Administre seu negócio.

 

Dica de Filme: Até o último homem

A história real de Desmond T. Doss, um médico do exército americano que, durante a Segunda Guerra Mundial, se recusa a pegar em armas. Lutou durante a Batalha de Okinawa atuando na ala médica e salvou de 75 homens. Filme mostra a crença, a persistência e a manutenção dos princípios em um conflito. O que faz de Doss o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso.

Até o último homem. Dirigido por Mel Gibson. EUA: Diamond Filmes, 2016. 1 DVD (139 min.).
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