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Renovar é preciso

No ambiente empresarial de hoje, mais que em qualquer era anterior, a única coisa constante é a mudança. Existem, de alguma forma, organizações que administram as mudanças com eficácia, adaptando continuamente sua burocracia, estratégias, sistemas, produtos e culturas, para sobreviver aos choques e prosperar a partir das forças que dizimam seus concorrentes. Elas se movem a partir de um ponto forte a outro, ajustando-se a crises que atormentam as outras de outros setores, elas conseguem ser muito boas em se renovar.

Certa vez fizemos consultoria em uma empresa que mantinha uma enorme constância de visitações ao longo de uns quinze anos. Fui como turista lá pelos menos umas cinco vezes e depois atuei na consultoria por mais três anos. Na conversa inicial com o empresário perguntei como ele mantinha esse público tão fiel. Ele me devolveu a pergunta, respondendo com outra pergunta, “nestes cinco anos que você e sua família vieram aqui, vocês mudaram um pouco não é mesmo ?” Respondi que sim e ele disse, “é isso nós mudamos também, constantemente. Nós mudamos pois, mudam as necessidades e gostos das pessoas e nós estamos conseguindo acompanhar essas mudanças. Mudar em nosso negócio é fundamental”

As empresas que proporcionam constantes mudanças apresentam de alguma forma algumas características comuns importantes. Primeiro, elas estabelecem direções para suas empresas, e estratégias detalhadas. Elas são as melhores estrategistas, precisamente porque estão abertas a surpresas e conhecem o valor de estarem preparadas.

Outra característica é que tratam todos como fonte de contribuições criativas. Todos envolvidos são ouvidos a todo tempo. Os gerentes definem limites e os funcionários descobrem a melhor maneira de fazer o seu trabalho dentro destes limites.

Uma terceira característica é que tratam os fatos de forma amistosa, pois percebem nos fatos muitas informações, onde outras empresas enxergam somente alguns dados. Também, tentam buscar nos controles financeiros não uma imposição, mas algo saudável que permite a elas ter criatividade, elas constroem indicadores e diferentes métricas que auxiliam enxergar o negócio como um todos, e também de auxiliar os demais departamentos da organização.

E, uma quarta característica, elas sabem manter o movimento das coisas, elas não se apegam aos hábitos. Sabem que a quebra de hábitos é sim um pré-requisito para mudanças e renovação nas organizações. Devemos lembrar que mudar os hábitos necessita de motivação, desejo e vontade, algo muito maior do que uma simples decisão de diretoria.

Pensemos em renovar, renovar é preciso. Para evitar que nossas organizações apresentem e tenham nessa frase destacada de Peter Drucker (1909-2005) considerado um dos maiores especialistas em Administração Moderna, que sempre nos chamou atenção por sua verdade. Ele diz que “as únicas coisas que evoluem por vontade própria em uma organização são a desordem, o atrito e o mau desempenho”. Administre seu negócio.

Dica de Livro

Fora de Série: outliers, de Malcom Gladwell.

No livro Outliers, Malcom Gladwell elabora uma extensa pesquisa destinada a comprovar que são inúmeras as variáveis que levam uma pessoa ao topo. Os indivíduos fora de série – como Mozart, Bill Gates ou os britânicos da banda The Beatles – além de terem praticado suas habilidades por uma quantidade de tempo extraordinária (mais de 10.000 horas), se beneficiaram de oportunidades disponíveis, vantagens ocultas e heranças culturais.

GLADWELL, Malcolm. Fora de série: outliers. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

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Comentários

2 Comentários

  1. LEANDRO MEDEIROS ELIAS disse:

    Excelente matéria sobre renovação do Prof Dal Molin. Ler o blog é um aprendizado constante. Sucesso ao Prof e ao Extrasc.

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