Muitas palavras podem servir para descrever a tragédia em Foz de Iguaçu (PR) no sábado (11), envolvendo um policial penal federal, apoiador de Jair Bolsonaro e um guarda municipal, apoiador de Lula. O fanatismo político, não a política, motivou o crime
A vida humana foi embora por desconhecimento sobre o que é a política. Falo sempre que eleição é emoção com paixão, mas não fanatismo. A democracia exige respeito. As diferenças são a base da democracia e conviver com elas é fazer política
Afinal o que seria do amarelo, se todos gostassem do vermelho? Temos uma eleição fomentada na paixão, no amor e muitas vezes, no ódio. Faltam argumentos e sobram agressões. O episódio mostra o ponto que chegamos. Saiu a política, entrou a guerra
Lembro da frase: eu posso não concordar com aquilo que você diz, mas quero que você tenha o direito de dizer. Pessoas como eu, por tentar ler o cenário político de forma imparcial, são chamadas de “isentões” ou atacadas pelos grupos
As redes sociais deram a oportunidade das pessoas estarem mais próximas do cotidiano político, o que é ótimo. Mas, ao mesmo tempo, pessoas que não sabem o que é política, passaram a querer impor suas opiniões, ofendem e ameaçam
Que esse episódio de loucura, fanatismo e que culminou em um crime bárbaro dê espaço ao respeito e ao direito de liberdade de expressão de cada um. Liberdade mesmo e não ameaças, ofensas ou ataques ao outro
Que a gente possa falar mais sobre projetos para o Brasil, ouvir e respeitar a opinião do outro, por mais que discorde dela. Se você acha que entende de política e acha que o diferente é o “errado” e deve ser atacado, você não entende de política