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A zoeira no futebol não tem limites. Torcedores do Clube Atlético Tubarão, responsáveis pela página “Peixe Mil Grau”, criaram uma “vaquinha” de brincadeira para “ajudar” o Hercílio Luz a disputar a Copa Santa Catarina. Segundo o EXTRA noticiou em primeira mão, o presidente do clube não garantiu a participação do time no torneio estadual, alegando falta de dinheiro.
Para confirmar se a imagem da vaquinha era verdadeira, a reportagem procurou a assessoria de imprensa do Leão do Sul, que desdenhou da pergunta. “Claro que é verdade. A gente é um clube tão pequeno que tá fazendo uma vaquinha. É lógico que é fake. É brincadeira”.
Kako Canídia, responsável pela comunicação, prosseguiu com o destrato. “Tu imagina um clube de futebol fazendo uma vaquinha. Isso não existe. Nenhum clube de futebol, que eu conheço no mundo, vai fazer uma vaquinha para jogar campeonato”.
O questionamento do EXTRA levou a equipe do site a ser expulsa do grupo de WhatsApp com profissionais que cobrem o time.
Vaquinhas no futebol
Kako está desinformado. Vaquinhas online para atingir um objetivo se tornaram cada vez mais comuns no mundo. No futebol, elas também estão presentes, como mostra uma breve pesquisa realizada pelo EXTRA:
Em 2012, o Palmeiras anunciou um crowdfunding com seus torcedores, para contratar Wesley, que jogava no Werder Bremen, da Alemanha.
Em novembro de 2018, a diretoria do Fluminense fez um rateio entre dirigentes e torcedores para amenizar o atraso no pagamento de seus funcionários.
Em crise, o Corissabá (PI) também fez uma vaquinha, para arrecadar R$ 10 mil e amenizar a situação do clube.
Também com problemas financeiros, a direção do Paragominas (PA) criou uma campanha para juntar dinheiro e conseguir pagar os salários atrasados dos jogadores.
Há menos de uma semana o Íbis (PE) iniciou uma vaquinha para manter seu time de futebol feminino no campeonato estadual.
Um clube de futebol mirim de Campinas (SP) realizou, em março deste ano, uma vaquinha para disputar um torneio na Suécia.
A colaboração entre torcedores também existe. Foram os casos dos apaixonados pelo Nice, da França, com o objetivo de contratar um atacante; do Santos, visando o pagamento do lateral Felipe Jonatan; do Ituano (SP), querendo segurar o atacante Martinelli; e do Paraná Clube, para cobrir a curva norte do estádio Vila Capanema.