Um empresário foi condenado a 34 anos de reclusão por liderar um esquema de fraudes que causou prejuízos milionários às vítimas. A sentença, proferida pela 2ª Vara Criminal da comarca de Tubarão, reconheceu a prática de crimes como associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Outros dois homens, um contador e um “laranja”, também foram condenados a penas de 36 e 31 anos de reclusão, respectivamente. O empresário, líder do grupo, utilizava empresas de fachada e “laranjas” para emitir duplicatas frias e adquirir veículos de luxo com cheques sem fundos.

Os carros eram revendidos rapidamente, muitas vezes antes de serem pagos, gerando prejuízos e movimentações milionárias. O contador era responsável por maquiar dados contábeis e criar documentos falsos para simular solvência das empresas.

O laranja, por sua vez, cedia o nome para figurar como sócio e administrador das empresas, recebendo pagamentos mensais por sua participação. O empresário mantinha um alto padrão de vida, com viagens internacionais, imóveis de luxo e relógios caros.

Os réus foram condenados também ao pagamento de multas e à reparação dos danos causados às 12 vítimas, que chegam perto de R$ 3 milhões apenas neste processo. Dinheiro e parte dos bens apreendidos serão leiloados para ressarcimento. O empresário cumprirá a pena em regime fechado e os demais poderão recorrer em liberdade.