No final dos anos 70 um dos vice-presidentes de produção da Xerox, gigante empresarial que inventou a fotocopiadora, lê no jornal que um representante de uma empresa estrangeira estava vendendo uma máquina equivalente a deles pelo preço de custo. A equipe de produção resolveu verificar os processos seus internos e também visitar empresas coligadas, e acabaram descobrindo que os custos deles superavam 50% os custos de outras indústrias. Neste momento resolveram adotar a prática do “benchmarking”, assim nos informa o autor do livro Benchmarking: Best search for industry best practices that lead to superior perfor, Robert Camp (1989). Camp era também funcionário da empresa na época. Com o uso do benchmarking a empresa conseguiu reverter a situação, tornando-se esse um caso clássico da utilização desta técnica.
O benchmarking é um processo de comparação. A proposta é identificar de que modo é realizado um produto, processo ou serviço pelas empresas líderes e tentar de alguma procurar adotar essas melhores práticas. Também de buscar superar resultados e desempenho dessas empresas, mas de maneira constante e sistemática, sendo elas concorrentes do mesmo segmento ou não.
Camp (1989) afirma que a primeira lição a ser seguida é da concorrência, pois quando nos concentramos somente na concorrência significa, que no máximo vamos empatar. Pois só observar e imitar o concorrente não nos ensina como superá-lo. A proposta é olhar os setores econômicos, e tentar implementar as melhores técnicas para os negócios não só comparando as métricas financeiras, mas por exemplo adotar métricas de análise de atendimento de requisitos impostos pelos de clientes da organização.
Existem os seguintes tipos básicos de benchmarking, sendo estes: (a) Benchmarking interno que é a comparação de processos semelhantes em diferentes departamentos da empresa; (b) Benchmarking funcional que é a comparação de processos semelhantes entre empresas que atuam em mercados distintos; (c) Benchmarking genérico é aquele que trata do sistema de reformulação contínua dos processos de uma empresa; (d) Benchmarking competitivo que é aquele que trata da comparação de processos semelhantes entre concorrentes diretos.
Os benefícios da utilização desta técnica podem ser descritos como de: (a) sintonizar a empresa com as melhores práticas do mercado; (b) trazer a cultura do “melhoramento contínuo” da empresa; (c) profissionalização dos processos da empresa; (d) diminuição do número de erros; (e) redução de custos, dentre outros.
Existem alguns passos para se poder adotar a implantação do Benchmarking em uma organização. Os passos são o Planejamento, Análise, Integração e Ação. O Planejamento é composto de três fases, que são: identificar o que deve ser copiado; identificar as empresas comparáveis e criar um método para coletar informações e colocar em prática. Na Análise também temos três fase, que são: determinar os níveis de desempenho atuais da empresa; projetar futuros níveis de desempenho; comunicar descobertas fitas com o benchmarking. Para Integração, são necessários os seguintes dois passos: estabelecer metas realistas; desenvolver planos de para atingi-las e finalmente na Ação também com dois passos, que seriam de: implementar ações específicas e monitorar os progressos destas ações e de atualizar os seus parâmetros (os “benchmarks”). Administre seu negócio.
Dica de Livro
O poder do hábito: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios – Charles Duhigg
Durante os últimos dois anos, uma jovem transformou quase todos os aspectos de sua vida. Parou de fumar, correu uma maratona e foi promovida. Em um laboratório, neurologistas descobriram que os padrões dentro do cérebro dela mudaram de maneira fundamental.
Publicitários da Procter & Gamble observaram vídeos de pessoas fazendo a cama. Tentavam desesperadamente descobrir como vender um novo produto chamado Febreze, que estava prestes a se tornar um dos maiores fracassos na história da empresa. De repente, um deles detecta um padrão quase imperceptível – e, com uma sutil mudança na campanha publicitária, Febreze começa a vender um bilhão de dólares por anos.
Um diretor executivo pouco conhecido assume uma das maiores empresas norte-americanas. Seu primeiro passo é atacar um único padrão entre os funcionários – a maneira como lidam com a segurança no ambiente de trabalho -, e logo a empresa começa a ter o melhor desempenho no índice Dow Jones.
O que todas essas pessoas têm em comum? Conseguiram ter sucesso focando em padrões que moldam cada aspecto de nossas vidas. Tiveram êxito transformando hábitos. Com perspicácia e habilidade, Charles Duhigg apresenta um novo entendimento da natureza humana e seu potencial para a transformação.
DUHIGG, Charles. O poder do hábito: por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.