A última cartada dos vereadores de oposição para tentar barrar a redução do número de cadeiras no legislativo está nas mãos de Paulo Henrique Lúcio (PT).

O parlamentar irá pedir vistas ao projeto de emenda. Caso aprovada, a mudança na Lei Orgânica não valerá mais para a próxima legislatura, mesmo que aprovada.

Curiosidade: caso o pedido de vistas seja rejeitado pelo plenário, seria a primeira vez que isso aconteceria na atual legislatura. Há um “acordo de cavalheiros” entre os vereadores sobre o assunto.

Às 19:05, João Fernandes (PL) pediu suspensão da sessão. Alguns vereadores entraram nos gabinetes.

Vereadores seguem reunidos. Informação de bastidores é que o projeto de emenda será aprovado.

Paulão (PT) foi chamado para conversar no gabinete da presidência. Os vereadores de situação estão lá. A sessão segue suspensa, após quase 40 minutos.

Vereadores de situação pediram para Paulão não apresentar o pedido de vistas. “Sugeriram” que poderia “sobrar pra ele”, disse o petista. Ele segue convicto do pedido.

Os vereadores voltaram ao plenário às 19h45.

O secretário Zaga Reis (PP) faz a leitura da ordem do dia.

Paulão (PT) pediu vistas. João Fernandes (PL) vai discutir o pedido.

”Nós estamos com esse projeto desde fevereiro. É um projeto que vem mexendo com a estrutura da cidade. A cidade, por si só, entende que  a gente deve diminuir o número de vereadores”, discursa João, que pede para Paulão tirar o pedido de vistas.

”Quando se diz que ‘toda a cidade quer a redução’, talvez não de vereadores, mas duodécimo. Talvez a gente viva em uma cidade diferente, porque muita gente se manifestou de forma contrária”, responde Paulão na tribuna.

José Luiz Tancredo (MDB) vai à tribuna discursar contra a redução. “É uma ação política. O executivo interferiu no legislativo. Por conta disso, os vereadores não têm um posicionamento individual”.

Os vereadores rejeitaram o pedido de vistas. Os únicos que foram favoráveis: Paulão, Tancredo, Licão (PL) e Xandão (PSD).

”Não é o número que muda a Câmara de Vereadores. É a qualidade”. Discursou João Fernandes (PL).