Filtrar por cidade:
Conecte-se conosco

PRIMEIRA MÃO – O all in de Ponticelli

Arquivo Blog Alessandro

PRIMEIRA MÃO – O all in de Ponticelli

Leia também: Moisés, Colombo, Caio, Pepê, Voto por Tubarão, Antídio, Vicente, Soratto, Everson Martins e outras notas.

Foto: EXTRA.SC

O prefeito Joares Ponticelli (PP) precisará recalcular a rota para trilhar um caminho estadual em 2026. De quatro fichas apostadas, devidamente estampadas no vidro traseiro de seu carro, três deram ganho para a banca e uma conseguiu um resultado aquém do esperado.

Ponticelli perdeu com o governador Carlos Moisés (Republicanos) ainda no primeiro turno. O apoio do prefeito parece não ter somado nada ao ex-comandante do Corpo de Bombeiros, já que em 2018 ele recebeu 28.846 votos na cidade, 1.165 a mais que no último dia (2).

Ponticelli também perdeu com o candidato a senador Raimundo Colombo (PSD) que, na onda bolsonarista semelhante a de 2018, sucumbiu ao favoritismo apontado por quase todas as pesquisas eleitorais. O número ruim se repetiu na cidade – foram 25% dos votos, contra 40% do eleito Jorge Seif (PL).

Ponticelli perdeu com o candidato a deputado federal Caio Tokarski (UB). Os quase 25 mil votos conquistados pelo vice-prefeito, representando a maior votação de um candidato à proporcional da história da cidade, devem ser creditados ao próprio, que possui articulação afinada e um time de dar inveja. Diferente de Pepê, Caio usou moderadamente a imagem do prefeito em seus materiais.

E Ponticelli ganhou, mas perdeu, com o deputado estadual eleito Pepê Collaço (PP). Nem mesmo o prestígio tão atribuído ao prefeito foi suficiente para alavancar a votação do advogado tubaronense na cidade. Com o mesmo número, o mesmo jingle e, muitas vezes, só a imagem de Joares, Pepê fez, por aqui, 8.878 votos, 1.233 a menos que em 2018. A expectativa era de 12 mil ou mais e isso foi motivo de frustração – não para o eleito, que gozará de um mandato na Alesc, mas sim para quem forneceu a sua imagem de apoiador até a última gota.

 

Voto útil

A lista final de candidatos da Amurel e seus respectivos votos mostra que muitos entram no jogo pra eleger correligionários de fora e atrapalhar os que realmente têm chance de representar a região.

São os casos de Anapaula Carneiro (PP), que fez 517 votos; Valmor Pacher (PSB), 445 votos; Farinheira (Solidariedade), 941 votos; Xandi da Toca (UB), 497 votos; Matheus Rodrigues (PSOL), 415 votos; Sub-tenente Oliveira (Patriota), 692 votos; Fernando de Carvalho ECOTV (PDT), 54 votos; Osvaldo Borges (PSC), 665 votos; Keli Cordeiro (MDB), 42 votos; Edir Cândido (PSC), 81 votos; Andrea Vieira (DC), 596 votos; Dr. Cleberson Garcia (PDT), 625 votos; Enfermeiro Digo Vargas (PTB), 372 votos; Silvinho da Farmácia (Republicanos), 674 votos; e Professor Juan (Avante), 154 votos.

 

Voto por Tubarão

As oito entidades que assinam a campanha “Voto por Tubarão e Região da Amurel” estão comemorando. Afinal, Tubarão passou de zero para duas cadeiras na Assembleia e, a Amurel, de duas para três.

Mas, vale o recado: não adianta o projeto desaparecer agora e só voltar a dar as caras às vésperas da eleição de 2026, com outdoors e carro de som. É preciso cobrar, fiscalizar e pedir para os nossos representantes. Só assim, na próxima, poderemos aumentar a bancada ainda mais – e conquistar uma tão desejada vaga na Câmara dos Deputados.

 

Não deu para o comandante

Foram muitos os motivos que podem ter levado à derrota o governador Carlos Moisés (Republicanos) neste domingo (2). O tumultuado início de gestão, os dois processos de cassação, a venda dos respiradores fantasmas e a entrega do governo para o PSD que, depois, virou concorrente, são alguns deles.

Mas, talvez o mais simbólico e puramente eleitoral, seja a intromissão na decisão do MDB, que escolheu Antídio Lunelli (MDB) para candidato a vice-governador. O partido, em sua tradição, não aceita interferências de fora. Nessa, Antídio saiu feliz – foi o terceiro deputado estadual mais votado do estado. Já Moisés, começa a programar a sua vida de aposentado na casa do Ipuã.

 

Fora de hora

Quando um time que não é o seu de coração disputa a final de um campeonato internacional contra um gringo, você até pode torcer por ele, por ser patriota e coisa e tal. Agora, evidente que não vai na festa da torcida.

A ida do prefeito de Capivari de Baixo, Dr. Vicente, na comemoração do deputado estadual eleito Soratto (PL), causou estranheza – afinal, o político e toda a estrutura da prefeitura fizeram campanha para Pepê Collaço (PP). Passada a eleição, é natural que o chefe do executivo busque um bom relacionamento com o novo parlamentar. Mas não precisa forçar a barra logo no primeiro dia.

 

É tudo igual

Ainda metaforando com o futebol, gol de joelho, contra, olímpico ou de bicicleta, mais bonito ou mais feio, todos têm uma coisa em comum: valem apenas um ponto.

Isso vale para a eleição proporcional. Ficar em primeiro, quinto ou último lugar, mas se elegendo, não muda em nada o processo. Mérito de quem chegou lá. A partir daí, bandeiras enroladas e muito trabalho pela frente.

 

Vitória de Caio

Existem três tipos de situações em uma eleição, seja qual for a esfera: o candidato pode ganhar, pode perder ganhando e pode perder perdendo. O caso do vice-prefeito Caio Tokarski (UB), candidato a deputado federal, é o segundo: ele não logrou êxito na eleição, mas construiu solidez para seu futuro político.

Pela primeira vez em uma eleição estadual, Caio brigou de igual para igual contra dois parlamentares já conhecidos pelo catarinense. Ele, o deputado federal Fábio Schiochet e o estadual Alba fizeram votações semelhantes – tanto é que terminaram em posições sequenciais. Agora, é superar o luto e enxergar os bons frutos desse trabalho que, como mencionei no início da coluna, conta com um fiel, incansável e exitoso time.

 

Saúde em Capivari

Em menos de um ano de gestão, a Saúde de Capivari de Baixo, sob comando do secretário Everson Martins, conseguiu dobrar os atendimentos nas unidades de saúde da família. De 32 mil, foram 64 mil atendimentos. Os números foram divulgados na audiência pública de apresentação do segundo quadrimestre de 2022 na Câmara de Vereadores do município.

Destaco também a resolutividade do pronto atendimento, que com mais de 5 mil atendimentos, somente 99 pessoas precisaram ser transferidas para o hospital em Tubarão.

 

Curtas

• Falam nos bastidores que o futuro ex-governador Carlos Moisés (Republicanos) foi picado e não pretende sair da política tão cedo…

• … a prefeitura de Tubarão seria uma possibilidade a ser avaliada…

• … sua votação na cidade lhe dá interessantes credenciais.

• A solenidade de entrega de mais oito terrenos do Parque Empresarial de Tubarão não foi aberta à imprensa…

• … mais uma ação encabeçada pelo Steve Jobs brasileiro sem transparência, exclusiva para o seu mundinho.

• Eleitor deve observar quais candidatos, passada a eleição, sumirão das redes sociais – para retornar em um próximo pleito.

• Parafraseando Álvaro Lopes, “dizem mas não afirmo”: que teve cargo de confiança levando bronca do prefeito de Tubarão por escancarar apoio a candidato de fora.

 

Pra acabar

Meus agradecimentos a todos os envolvidos direta e indiretamente no projeto Eleições 2022 do EXTRA.SC, em especial ao time que trabalhou na cobertura do Dia do Voto, neste domingo (2). Foram 16 horas de plantão e seis com programa ao vivo.

Silvana Lucas, Laércio Menegaz Jr., Luciano Menezes, Miguel Herdy, Cássio Neves, Rhuan Peron Nazário, Ayrton Barreiros e António de Pádua Filho.

(Visited 60 times, 1 visits today)

Comentários

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LEIA TAMBÉM

HASHTAGS

To Top
To Top