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As veias abertas da América Latina. Será mesmo?

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As veias abertas da América Latina. Será mesmo?

Foto: Reprodução

No dia primeiro de maio foi anunciado o aumento do salário mínimo na Venezuela. Um aumento de 288,80% saindo de um valor de 1,8 milhões de bolívares para cerca de 7 milhões de bolívares, com mais um aporte ajuda alimentar de 3 milhões de bolívares. De forma rápida parece ser uma excelente notícia, mas esses valores somente refletem a minimização de uma crise.

Esse valor transformado em dólares americanos é equivalente a US$ 2,50, menos de que o valor de duas dúzias e meia de ovos. O PIB (Produto Interno Bruto) da Venezuela teve uma queda em 2019 de -35%, e em 2020 e a inflação anual atingiu o índice de 3.000% ao ano.

Como um país que já figurou entre os dez países mais ricos, que apresenta uma das maiores reservas de petróleo no mundo conseguiu perder metade de sua economia em cinco anos? Um país que produzia diariamente 3,3 milhões de barris de petróleo, e hoje produz cerca de 500.000 barris.  A Venezuela ocupa 63º lugar no mundo no ranking de competitividade 2020 do IMD (International Institute for Management Development), o último lugar.

Mas na América Latina não é só ela que apresenta queda, a Argentina está apresentando também indicadores preocupantes, como por exemplo, um nível de pobreza da população de 42%, cerca de 12 milhões de pessoas e uma taxa de indigentes de 10,5% de sua população e uma queda no PIB de -4,3% em 2020. Na Argentina o salário mínimo é de $ 29.160 pesos, equivalente a US$ 270. O Equador também apresentou queda no PIB de -7,2% com uma taxa de desemprego de 6% em 2020. E, finalizando o Peru, teve uma queda de -21,68% ao ano 2020 no PIB e desemprego de 3,6%.

Claro que em 2020 foi um ano totalmente diferente com a pandemia da Covid-19 que regulou o mundo e trouxe impactos que em alguns casos só serão resolvidos pelas próximas décadas para alguns destes países. Mas os dados econômicos não refletem somente o ano de 2020, são dados que apresentam quedas já de anos anteriores, e que em 2020 somente aprofundaram.

No livro “As veias abertas da América Latina” de Eduardo Galeano de 1971, apresenta uma análise de que o poder econômico mundial se alimentava da pobreza dos países da América Latina.

Pois bem, hoje o que se apresenta em muitos países latino americanos  é de que as políticas de governo falharam. Tornaram-se insuficientes para crescimento e desenvolvimento em um mundo de alta competividade e necessidade de produção. Em alguns casos o que se percebe é que o sistema político destes países, com um Estado centralizador, que dá benesses, incha a máquina pública e não valoriza o empreendedorismo, é ele que está se alimentando da pobreza do próprio país. Mantendo parcela da população refém desta situação, exercendo a exploração econômica e como consequência a dominação política.

Se um país apresenta riqueza, mas sua população vive sem condições de manter nível mínimo para alimentação e emprego, em alguns casos em nível de miséria total, é claro que alguém está ganhando. E ganhando muito. Necessário saber somente que é. Administre seu negócio.

 

Dica de Livro

Capitalismo e Liberdade- Milton Friedman

Neste livro Friedman afirma que a liberdade econômica é uma prerrogativa para se obter liberdade política. Entre outros conceitos, a introdução de um sistema de educação escolar certificado pelo governo, mas administrado pela iniciativa privada. O livro ensina que não só sobre pensamento e política econômica, mas também sobre a importância de lutar por suas ideias, mesmo quando elas não são populares.

FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e Liberdade. Chicago: University of Chicago Press, 1962.

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