Neste domingo (20), o Dia do Pedagogo homenageia os profissionais responsáveis por ajudar na educação, na formação e no aconselhamento de crianças e adolescentes em todo o país. Em nossa a rede municipal de ensino, são quase 750 professores comprometidos diariamente com o ensino de jovens e crianças. Conheça agora alguns destes exemplos:
42 anos de profissão
A professora Clineide Maria da Silva tem 62 anos de idade. Só em sala de aula, já soma 42. Hoje ela diz viver o momento mais feliz de sua vida profissional, mas descobriu o prazer da educação em uma época difícil: logo após a enchente de 1974. “Quando a enchente passou nós perdemos tudo. Casa, comida, roupa, trabalho… foi muito triste. Eu ainda estava na oitava série e me convidaram a lecionar para as crianças mais jovens, de terceiro e quarto anos, pois não tinham professores. Desde então eu nunca mais parei”, conta.
“Passou muito tempo, mas ainda nem penso em me aposentar. Parece que as crianças de hoje precisam mais de mim do que nunca”. A relação de Clineide com os alunos é quase como a relação de mãe. Atualmente, lecionando na EMEB Jucelino Kubitscheck, ela recebe carinho, ouve histórias, conversa com eles, sabe ponderar quando é preciso e não economiza nos elogios. “Meus filhos até têm ciúmes dos alunos algumas vezes. Perguntam quando que eles receberão atenção”, comenta ela, sorrindo. “Eu não consigo me desvincular, sabe, mas consigo separar bem as coisas. Uma vez dentro da sala de aula, ensino que cada um tem o seu lugar. No final é o amor por eles, e por orientá-los a serem pessoas melhores, que me mantém na profissão”.
O aprendizado diário
Outro exemplo é o da assessora pedagógica do ensino da Fundação Municipal de Educação, Fabiana Pandini Simiano. Ela deixou as salas de aula em setembro do ano passado, mas passou 21 anos lecionando. Um tempo que, segundo ela, a tornou a pessoa que é hoje: “Às vezes, até quando meu dia estava ruim, vinha uma criança do nada e me dava um beijo. Isso não tem preço. Essa inocência dos pequenos de um, dois anos é o que mas me faz falta hoje”, conta.
“É mesmo uma relação de mãe, você acompanha de perto o processo de aprender a andar, ler, tirar as fraudas. No fim do ano, hora da despedida, sempre dava um aperto no coração”. Apesar desse amor todo, quase incondicional, Fabiana conta que jamais esperava que viesse a se tornar uma professora. “Venho de uma família de educadores. Minhas tias são professoras, minhas irmãs, minhas primas também, e eu queria mesmo era ser veterinária. Mas no meu primeiro mês de trabalho, não teve jeito. Eu me apaixonei. Acho que deve estar no sangue”.