A denúncia feita pela reportagem do ExtraSC, que comparou os preços aplicados no litro da gasolina na região de Criciúma e nas bombas de Tubarão, continua gerando grande repercussão. Nesta sexta-feira (24), surgiu a teoria de que grandes bandeiras de combustíveis poderiam estar incentivando a prática de dumping, que é quando uma empresa fornece um produto ou serviço com preços abaixo do mercado, visando prejudicar seus concorrentes.
Baseado nessa defesa, a equipe do ExtraSC viajou até Joinville, nesta sexta-feira (24), para levantar os valores cobrados pela gasolina nos postos que ficam às margens da BR-101. Foram registrados os preços de 30 empresas, em cidades diferentes. O combustível mais barato foi encontrado em dois postos de Itajaí: Dubai (Shel) e Apolo III (Ipiranga). Ambos cobravam, no momento da apuração, R$ 3,779 por litro.
Quanto mais perto de Tubarão, mais cara fica a gasolina. Em Imbituba, no Michells (sem bandeira), o combustível custava R$ 4,022. Em Laguna, no Lagoa (Ipiranga), R$ 4,099. Em Tubarão, no Presidente (sem bandeira), R$ 4,139. Passando a Cidade Azul, em Jaguaruna, o preço volta a cair. No A Nunes (sem bandeira), R$ 3,899. Em Sangão (Ipiranga), no Planalto I, R$ 3,959. Em Içara, no Rosso (Ipiranga), R$ 3,659.
Das 30 empresas consultadas, além das duas já citadas, apenas outras três cobravam, no momento da apuração, mais de R$ 4,00 por litro de gasolina: Recanto (Laguna), Sorocaba (Paulo Lopes) e Parada Havan (Barra Velha).
Procon lavou as mãos
No último dia 22, o Procon de Tubarão emitiu nota oficial, se isentando da responsabilidade de cobrar explicações dos postos de combustíveis da cidade. Segundo o órgão, criado para proteger e defender o consumidor, “vigora no Brasil o regime de liberdade de preços em todos os segmentos do mercado de combustíveis. […] Isso significa que não há qualquer tipo de tabelamento nem fixação de valores máximos e mínimos, ou qualquer exigência de autorização oficial prévia para reajustes”.