Quem conduz com maestria a principal atividade econômica de Laguna não poderia deixar de receber homenagens. O Dia do Pescador, celebrado neste dia 29, destaca essa importante profissão que exige bravura e resiliência.
Rodeada de lagoas e banhada pelo oceano de ponta a ponta, Laguna é a última área de mangues do país, que se estende do Amapá até aqui. Possui marismas em sua vegetação – aquelas plantas que parecem um “cabelinho” e que são vistas no meio das lagoas. Essa característica traz benefícios para a diversidade e qualidade dos pescados que se desenvolvem nas lagoas e estuários do município.
Com mais de 4 mil pescadores artesanais cadastrados, a cidade reúne diferentes tipos de profissionais da pesca: os que capturam camarão e siri nas lagoas; pescado em alto mar, com auxílio dos botos; e, também, os “amadores”, que aproveitam a atividade para relaxar.
Há 45 anos, Odair Preve, morador do Estreito, pesca camarão e siri na Lagoa de Imaruí. “A vida do pescador é bem difícil. Enfrenta temporal, sol, chuva e vento. Muitas vezes chegamos lá pra colher o pescado e já não tem mais as ‘artes de pesca’, porque os ladrões têm levado tudo”.
A mesma opinião é compartilhada pelo pescador Lucas Chede, de 31 anos, mais de 15 anos dedicados à atividade. “Tem duas coisas que conseguimos unir: necessidade e amor. Pescador que é pescador não consegue ficar longe da água por mais de dois dias”.
Para celebrar a data, em homenagem ao padroeiro dos pescadores, São Pedro, a Paróquia de Laguna celebrará uma missa festiva nesta terça-feira (29), a partir das 19h30, com transmissão ao vivo pelo Facebook.