Quase metade das casas brasileiras possuem pelo menos um carro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2024. Mesmo assim, ativistas do ciclismo destacam a relevância do Dia Mundial Sem Carro, celebrado nesta segunda-feira (22), como um convite a repensar na mobilidade limpa nas cidades.
O ciclista brasiliense Uirá Lourenço decidiu, há mais de 20 anos, se deslocar exclusivamente de bicicleta. A decisão foi motivada pelo baixo custo de manutenção e pela praticidade no dia a dia. Além disso, ele afirma que o principal benefício é o impacto positivo para a preservação do meio ambiente.
“Do ponto de vista ambiental, o impacto positivo da bicicleta é enorme. Ela não polui, não gera barulho e não consome combustível. Cada bicicleta representa um carro a menos disputando espaço nas ruas e estacionamentos. A bicicleta simboliza, de fato, a mobilidade sustentável que desejamos para atender às necessidades das nossas cidades”.
Segundo o especialista em mobilidade urbana Rafael Calabria, a bicicleta deveria ser mais incentivada, pois é uma opção mais econômica para os usuários. Para o governo, também gera menor custo, já que bicicletários e ciclovias exigem investimentos bem menores que a infraestrutura para carros.
“A bicicleta é um elemento extremamente importante para a mobilidade nas grandes cidades em dois aspectos. Primeiro, proporciona muita liberdade ao cidadão, oferecendo independência no deslocamento de uma forma não poluente, segura e em velocidade adequada. O outro ponto importante é a integração: permite que a pessoa chegue a um terminal ou estação de metrô e faça um deslocamento combinado com outro meio de transporte de forma barata e saudável”.