Lideranças políticas e empresariais da Amurel estiveram reunidas com o presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, para esclarecer a criação de uma agência macrorregional no sul do estado.
Após uma reunião restrita, onde os profissionais de imprensa não tiveram acesso, Cleicio falou sobre assuntos diversos: desde o aluguel de um imóvel que possui na cidade – ele morava em Tubarão até ser convidado para o cargo – até a história de duas bicicletas no interior do município. Tentou conquistar a empatia da plateia formada por cerca de 60 pessoas. No final, chorou.
O presidente da estatal foi arredio com a imprensa. Uma assessora blindou Cleicio o quanto pode. A reportagem do EXTRA se aproximou, questionou, mas foi literalmente ignorada pelo engenheiro. A cena foi presenciada por lideranças da cidade.
Sobre a pressão feita por deputados da região da Amrec, Cleicio tentou esclarecer que a macrorregional sempre seria em Criciúma mas, por a estatal não possuir sede própria naquele município, provisoriamente o polo ficaria instalado em Tubarão. Não colou. Especialistas presentes acreditam que se isso fosse verdade, os políticos do extremo sul não teriam feito tanto barulho.
Martins garantiu que a agência de Tubarão – agora chamada de unidade – continuará com autonomia para atender as demandas da região. Para tentar acalmar os ânimos, anunciou investimentos na ordem de R$ 100 milhões para o sul, dos quais R$ 55 milhões ficariam na região da Amurel.
A culpa é da imprensa
Em alguns momentos da reunião, oradores culparam os veículos de imprensa pela repercussão negativa no caso da transferência da Celesc para Criciúma. O deputado estadual Volnei Weber (MDB) e dois assessores do deputado estadual Felipe Estevão (PSL) foram os principais críticos ao trabalho dos jornalistas da região.
A redação do EXTRA discorda dessa opinião. Os veículos de imprensa – em sua grande maioria – são sérios e apenas retratam os acontecimentos. Os deputados estaduais e o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, é que criaram a notícia. Nós, comunicadores, apenas levamos ela até o público.