Ação civil pública e ação penal foi ingressada contra os responsáveis por um canil clandestino descoberto em Jaguaruna há quase dois meses. Medida liminar determinou a transferência da guarda e da responsabilidade pelo tratamento dos cães para o município, sob pena de multa diária no valor de R$ 300 por animal, e o bloqueio parcial de bens do proprietário do canil, a fim de subsidiar o custeio do tratamento.
Já na esfera criminal, foi determinada a prisão preventiva dos dois responsáveis pelo local. Um deles foi preso preventivamente no dia 25 de novembro. O outro, porém, proprietário do imóvel, não foi encontrado e é considerado foragido.
O dono do canil clandestino foi inicialmente preso em flagrante pelo suposto crime de maus-tratos a animais no dia 19 de outubro deste ano, após vistoria no local feita pela Polícia Civil com apoio de um agente municipal sanitarista e um médico-veterinário da Cidasc. Na época, foi atestado que 48 animais estavam submetidos a intenso sofrimento físico e emocional.
A partir da vistoria, os animais ficaram no mesmo local sob os cuidados do companheiro do proprietário – na ocasião apenas testemunha – como depositário fiel dos cães, com supervisão da Vigilância Sanitária e do Instituto do Meio Ambiente de Jaguaruna.
No entanto, o cenário no local não mudou. O depositário permitiu o livre acesso do companheiro aos animais e assumiu ser o dono de alguns deles. Após a morte do primeiro cão, no dia da vistoria, outros dois morreram no local. Em relação a um deles, o depositário fiel informou que havia fugido, mas o corpo foi encontrado em uma cova rasa no quintal.