Conhecido por pesar a mão em seus discursos, o vereador José Luiz Tancredo (MDB) fez mais uma cena nesta quinta-feira (23), em sessão ordinária da Câmara de Tubarão. Dessa vez, para atacar a imprensa.
Tancredo justificava um dos seus requerimentos, relacionado à “Operação Mensageiro”, quando afirmou, categoricamente, que toda a imprensa agiu com parcialidade diante do ocorrido. “Um pouco da imprensa muito calada e um pouco da imprensa muito falada”, bradou.
Neste momento, Tancredo foi contestado por um jornalista presente. Se há indícios, é importante que eles sejam explicitados. Se há quem age desta forma, é importante que sejam listados. É irresponsável incluir todos os profissionais e todos os veículos em um mesmo balaio, como Tancredo fez.
Continuando a ser questionado pelo profissional, Tancredo ousou pedir sua expulsão do prédio, a Casa do Povo. É o seu jeito de agir. Quando contestado, parte pra cima e tenta usar das prerrogativas que nem tem para se defender. Como esquecer da forma covarde que atacou seu colega Valdir Antunes (PP), em 2021?
Tancredo passa por um momento pessoal delicado e merece ser respeitado. Exatamente por isto, deveria seguir o afastamento voluntário das sessões. Seu natural abalo emocional é visível e sua família precisa mais da sua presença neste momento.
Para finalizar, fica um questionamento: se toda a imprensa é parcial, para um lado ou para outro, de que lado estaria o jornalismo da rádio que Tancredo dirige? Seguem o patrão e “falam muito”, ou se calam diante de fatos que deveriam virar notícias? Afinal, nas palavras do vereador, “não existe um meio termo”.
