O longa “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles, já é considerado um marco no cinema brasileiro, independentemente da conquista do Oscar neste domingo (2). Inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme aborda o impacto da ditadura militar no Brasil e emocionou milhões de espectadores. Com três indicações à premiação — incluindo Melhor filme e Melhor atriz para Fernanda Torres —, a produção acumula 38 prêmios nacionais e internacionais, como o Globo de Ouro e o Prêmio Goya.
Para especialistas, o filme representa uma vitória ao reacender debates sobre memória e democracia, mobilizando tanto a crítica quanto o público. Segundo o professor Arthur Autran, a repercussão é “enorme” e se desdobra em diferentes níveis, desde o interesse pelo cinema nacional até a valorização da história brasileira.
A trama retrata a luta de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar, e reconta sua busca por justiça. O filme, segundo estudiosos, transforma essa tragédia em uma narrativa emocionante e poderosa, reafirmando a força do audiovisual brasileiro no cenário internacional.
A cerimônia do Oscar acontece na noite deste domingo (2), e será transmitida ao vivo pela TV Globo.