A equipe de jornalismo da Rádio Cidade FM fez um levantamento, em números, da atuação dos três vereadores do legislativo tubaronense que se apresentam como pré-candidatos nas Eleições 2018. A reportagem, produzida por Lucas Vieira, apresentou os dados de participação de Lucas Esmeraldino (PSL), Pepê Collaço (PP) e Professor Paulão (PT).
Entre 5 de fevereiro e 20 de junho de 2018, a Câmara de Vereadores realizou 20 sessões ordinárias. Nesse período, de acordo com os dados coletados pela reportagem, o menos atuante foi Lucas Esmeraldino, pré-candidato a senador. Em 2018, ele faltou cinco sessões e subiu à tribuna apenas quatro vezes.
Em segundo lugar está o presidente Pepê Collaço, pré-candidato a deputado estadual. Ele não esteve presente por duas segundas-feiras, mas apresentou trabalhos em nove oportunidades. Professor Paulão, pré-candidato a deputado federal, subiu à tribuna em 14 das 16 sessões em que esteve vereador (licenciou-se do cargo por 30 dias).
A equipe de jornalismo da emissora procurou os três citados. Professor Paulão respondeu que jamais fará o uso da tribuna sem sentido. “A importância de estar vereador é você poder contribuir com a cidade. Com projetos, fiscalizando, não engessando a cidade e buscando ser a voz da população. Toda a vez que eu achar que for necessário que a minha fala, a minha crítica e o meu apoio for algo essencial, eu vou usar”.
Pepê Collaço estava em reunião quando a equipe da Rádio Cidade entrou em contato, e acabou não dando seu parecer. Ao ExtraSC, justificou que suas ausências foram para representar a Câmara de Vereadores em eventos oficiais. “Uma vez em Brasília e outra em Florianópolis, na Assembleia Legislativa”. Sobre o uso do plenário, explica que semanalmente participa das discussões de projetos na própria mesa diretora. “É liberdade do vereador, porque existem microfones nos assentos”.
Por telefone, Lucas Esmeraldino justificou suas ausências culpando o sistema eletrônico de votação implantado esse ano no legislativo. “Tem falta minha lá, que foi votado projeto, eu dentro da sessão. Votação de cinco projetos, um projeto eu estava na minha sala, não deu tempo de chegar. Eles votaram e não revogaram. Ou seja, botaram um sistema na Câmara onde, se eu estou dentro da sessão e votei em quatro projetos e um eu deixei de votar, me dá falta. Que programa é esse aí? Eu tenho seis anos de vida pública. Sou um político novo. É por isso que vocês querem se basear na hora de votar em alguém? É isso mesmo?”.