Preso durante a Operação Mensageiro, o prefeito afastado de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), teve a prisão preventiva revogada nesta quinta-feira (29). A decisão unânime da 5ª Câmara Criminal permite a liberdade do político, que será monitorado por tornozeleira eletrônica e deverá permanecer na cidade.
Joares não poderá adentrar as instalações da prefeitura, nem fazer contato com qualquer testemunha, réu ou colaborador premiado da ação relacionada à Mensageiro. A partir de agora ele fica, oficialmente, afastado do cargo de prefeito por 180 dias.
Na audiência, o ex-Gerente de Gestão do município, Darlan Mendes da Silva, teve o mesmo benefício concedido – com as mesmas restrições. Contudo, ele permanecerá detido porque tem outro mandado de prisão em vigor. Por decisão dos magistrados, o vice-prefeito Caio Tokarski (PSD) seguirá recluso no Presídio Santa Bárbara, em Criciúma.
Ponticelli foi preso em 14 de fevereiro e logo se tornou réu no processo que apura esquema criminoso de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo. Segundo a juíza Cinthia Bitencourt Schaefer, responsável pelo caso, os gestores de Tubarão recebiam uma “mesada” de cerca de R$ 30 mil mensais do Grupo Serrana.
Errata: Na primeira versão desta reportagem, informamos que Ponticelli teve a prisão domiciliar concedida. O despacho, no entanto, põe o político em liberdade, porém com monitoramento eletrônico por 180 dias, com área de abrangência em Tubarão. O texto foi corrigido.