Júlia tinha apenas sete anos quando os abusos começaram. A figura paterna, que deveria trazer segurança, respeito e amor à casa da família, trazia o pânico para a criança. Tudo teve início quando o pai passou a ordenar que a vítima mostrasse partes do seu corpo. Em pouco tempo, os abusos evoluíram para toques físicos e resultaram na conjunção carnal, tudo isso inúmeras vezes e ao longo de cinco anos. Somente quando Júlia completou 12 anos foi que conseguiu contar o que ocorria.
O nome fictício se refere a uma vítima real do crime de estupro de vulnerável. Após uma denúncia apresentada pela 8ª Promotoria de Justiça de Tubarão, o pai da vítima, responsável pelos estupros, foi condenado à pena de 31 anos, um mês e dez dias de reclusão. A decisão foi proferida nesta terça-feira (21).
Os abusos ocorriam dentro da casa da família, onde moravam também a mãe e o irmão mais novo da menina, que só ficaram sabendo dos fatos após o ocorrido. Ela teve uma crise de ansiedade enquanto estava na casa da avó e precisou ser levada ao hospital. Lá, a menina relatou os fatos ao médico.
A vítima e o irmão, também menor de idade, estão recebendo acompanhamento psicológico.