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Apresento-lhes meu amigo Soratto

Blog do Alessandro Neves

Apresento-lhes meu amigo Soratto

Foto: Arquivo pessoal

Raramente uso este espaço para publicações pessoais e muito relutei nesta ocasião mas vou ter que fazê-lo, porque insistem em atentar contra minha honra. As respostas que aqui darei não vão para qualquer doutor – afinal, diploma não atesta caráter, tampouco ética; muito menos a pseudo-radialistas, que não superam a dor do luto e continuam chateados pela prisão e posterior renúncia do ex-prefeito Joares Ponticelli. As respostas aqui escritas vão para os leitores do EXTRA.SC, que conhecem e confiam no trabalho do nosso pequeno veículo de comunicação em número de funcionários, mas gigante em seus feitos – tanto é, que somos espelho para a gigante Rádio Cidade e o grupo que a dirige. O print abaixo mostra o nome do tema utilizado pelo portal SC Todo Dia, pertencente ao grupo. Uma agradecida homenagem.

 

A primeira resposta do artigo faz referência ao título. E vai chocar um total de zero pessoas. Sou amigo de Estêner Soratto da Silva Júnior e de toda a sua família. Fui o primeiro assessor de Soratto, em 2013, quando ele assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Regional. Fiz praticamente sozinho a Comunicação de sua campanha para vereador, em 2020. No ano seguinte, segui como seu assessor de imprensa. Pedi dispensa da função com a chegada de Caio Tokarski ao PL, por minhas discordâncias públicas com a dupla que governava a prefeitura naquela ocasião. E em 2023, como sempre deixei público em minhas redes sociais e figura no Portal da Transparência do Estado, atuei como Assessor de Gabinete da Secretaria da Casa Civil, atendendo à Liderança de Governo na Assembleia Legislativa. Algo que tentaram omitir, e que é preciso deixar claro, é que fui exonerado do cargo em maio de 2024. Nunca ocultei esta minha função pública, até porque é algo impossível de se fazer com um Portal da Transparência tão simples e didático (diferente do que possui a Prefeitura de Tubarão).

Da mesma forma, também nunca precisei esconder minha amizade com o Estêner. Abra o meu Facebook e encontre dezenas de fotos nossas. Se nessa eleição eu quisesse mesmo protegê-lo de ataques muitas vezes covardes e levianos, eu sequer promoveria um debate. Se eu quisesse blindá-lo de dedos apontados, eu teria tirado do ar a entrevista que conduzi, em 2022, e que certos “influenciadores” replicam diariamente, tentando destruir a sua reputação. Se eu quisesse dar alguma vantagem a ele, aceitaria entrevistar todos os candidatos individualmente em nosso projeto, algo que recusei desde o princípio quando selei a parceria entre o EXTRA.SC, o Diário do Sul e o Sul Agora. A única frase que vou utilizar aqui para elogiar meu amigo é esta: Soratto é um cara do bem, paizão, honrado, honesto, bem-sucedido e com a reputação ilibada. Por tantos atributos, possui uma família que lhe apoia incondicionalmente e uma grande roda de amigos. Será que é tão difícil assim entender que uma pessoa pode ter amigos?

Vamos ao debate. As urnas em que as fichas são colocadas são transparentes. Exatamente para que o espectador veja que há o embaralhamento delas. Pela lisura do processo, em nosso programa, todas as fichas são selecionadas ao vivo, diferente dos encontros realizados por outros veículos de comunicação, em que os sorteios são promovidos antes do debate começar. Em todos os sorteios que fiz, olho para o lado enquanto misturo as fichas. Durante o debate de Tubarão, fiz 21 sorteios. Para apontar o dedo de forma canalha, escolheram um, em específico, que “por sorte” – como já se refere a palavra “sorteio” – tirei a ficha do meio. Parece bobo ter que explicar isso, mas é para o bobo entender: em um debate com três candidatos, há apenas três opções de sorteios: a ficha da esquerda, a ficha da direita e a ficha do meio. E mais: em um debate com três candidatos, quando não é permitida a repetição dos escolhidos para as respostas, obrigatoriamente, em todos os blocos, todos os candidatos vão se enfrentar uma vez. Então, qual é, exatamente, a proteção que eu poderia dar a um candidato? Obviamente, quiseram induzir os 900 e tantos seguidores ao erro.

Nossos debates, desde 2020, são sempre muito elogiados e assistidos. Naquele ano, fizemos o primeiro entre candidatos a prefeito de Tubarão. De forma inédita, nossos eleitores viram um encontro com qualidade técnica de áudio e vídeo. Neste mesmo pleito, o último debate, promovido pela Rádio Cidade, foi esvaziado pela ausência de Ponticelli (olha ele mais uma vez neste texto). Em 2022, também pela primeira vez, a cidade (deixando claro que, neste caso, “cidade” faz referência a município) recebeu um debate entre todos os principais candidatos a governador de Santa Catarina. Ao elaborar o formato dos nossos programas, estudei (e nem precisei do título de doutor) muitos debates. A tela dividida, como é possível ver na imagem abaixo, é utilizada nos principais encontros entre candidatos ao redor do mundo. CNN, Globo e Band são alguns exemplos. E ela tem um porquê: mais do que acompanhar a fala de um candidato, é importante para o eleitor assistir às reações de seu adversário. A linguagem corporal fala muito neste momento. É claro que dividir a tela exige uma estrutura técnica que, talvez, outros veículos não possuam. Mas tudo bem, cada um faz do jeito que pode.

Foto: Reprodução/CNN

 

Nosso “influenciador de multidões” destaca, em um certo momento, o enquadramento errado da candidata Maristela Francisco. E aqui, não tenho o problema em assumir o erro técnico, mas que rapidamente foi corrigido. O que não admito é que nos acuse de ter feito qualquer ação prejudicial de forma proposital. O crítico provavelmente viu partes que lhe convinham no debate. Como é possível ver na imagem abaixo, em um determinado momento, o candidato que ele me acusa de proteger durante o programa também teve o enquadramento errado exibido. Esta cena não foi lembrada em sua publicação. Como diretor do programa, ao observar esta situação, a partir de um determinado momento solicitei que os candidatos aguardassem o enquadramento correto para iniciar suas falas. Isso também não foi citado pela crítica auto-intutulada “imparcial”.

Foto: EXTRA.SC

 

Mais um erro técnico, que não foi de nossa responsabilidade, mas que, mesmo assim, assumo a culpa: durante o primeiro confronto entre Soratto e Carlos Stüpp, faltando 13 segundos para o encerramento do bloco, a internet, fornecida pela Ateky, caiu. Se tivesse acontecido um boicote, como foi sugerido, todos no estúdio e os que acompanhavam os candidatos na redação – incluindo o ex-prefeito Ponticelli, um exímio consumidor de café – perceberiam e, prontamente, reclamariam. Todos os televisores estavam conectados diretamente ao computador principal. Um único assessor de Stüpp, tempos depois, alertou que “o microfone do candidato teria falhado”, o que seria improvável, pois existiam seis microfones ligados no estúdio. Algum(ns) captaria(m) a voz do candidato. O Youtube também não avisou, como geralmente o faz, da falha no envio de dados. É lógico que eu jamais colocaria a minha empresa e, principalmente, os veículos parceiros no projeto, em xeque por algo tão pequeno – repito, 13 segundos. Se o candidato quiser, ele terá todo o espaço disponível para concluir aquela fala aqui no EXTRA.SC.

O debate promovido pela UniTV, que merece elogios pelo investimento em estrutura e cenografia, apresentou características parecidas com o nosso. Um único cronometro entre os candidatos, obrigando-os a olhar para o lado para conferir o tempo restante; e por muitas vezes, a presença de ambos debatedores em tela, foram algumas das semelhanças. Mesmo assim, tal programa, diferente deste que exibimos, foi digno de elogios do nosso crítico (ou seria fã?) número 1 – que se gaba ao falar em “imparcialidade” em determinada publicação. Não é a única incoerência em suas críticas. Nosso doutor insiste em tentar separar sua pessoa física do veículo para qual prestava serviços, acusando-nos, inclusive, de termos feito algum tipo de pressão que teria culminado em seu desemprego, mas não poupa esforços para misturar a minha amizade pessoal com o meu trabalho – aí sim, tentando me prejudicar perante ao público e aos meus patrocinadores.

Quando eu estava começando a minha carreira na Comunicação, 25 anos atrás, certos críticos viviam em uma vida mundana. Desde 1999, sempre pautei meu trabalho com ética e transparência. Há alguns anos, me sinto porta-voz de uma população muitas vezes acuada e sem representação perante “autoridades políticas”. Nunca me privei de questionar e confrontar quem quer que seja e, por este motivo, alguns destes me detestam – algo que carrego com muito orgulho. Nunca precisei esfregar na cara de ninguém qualquer diploma, documento, certificado ou outorga. Sempre entreguei trabalho. Empreendendo, gero empregos, promovo cultura e abro espaço para os anseios de quem precisa. Modéstia à parte, essa é a diferença entre um profissional respeitado, com uma empresa bem sucedida e grandes clientes em seu currículo, de um doutor amargurado, que se contenta com os seus 900 e poucos seguidores nas redes sociais.

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