Paris testemunhou vários momentos memoráveis na história, mas a visão de 85 barcos transportando 6,8 mil atletas ao longo do Rio Sena até uma cintilante Torre Eiffel e à pira Olímpica elevada por um balão de ar quente não é algo que a capital francesa provavelmente se esquecerá.
A Cidade Luz se tornou um estádio esportivo durante a Cerimônia de Abertura dos Jogos, nesta sexta-feira (26). O Sena, com seu leito e suas margens, ganhou arquibancadas com torcedores. E marcos históricos pelo caminho viraram testemunhas silenciosas da celebração vibrante cheia de bandeiras, plumas e gotas de chuva. Foi a priemira cerimônia da história dos Jogos fora do cenário tradicional de um estádio.
À medida que os atletas navegavam ao longo do rio através do centro de Paris, a história ganhava vida ao redor deles. Dividido em 12 etapas artísticas e apresentado por 2 mil artistas, o fantástico show convidou os espectadores aos lugares mais icônicos da cidade e os trouxe à vida. Emergindo de trás de uma fila de leques com penas cor-de-rosa e vestida para um cabaré, Lady Gaga deu o tom para a noite que estava por vir.
Além da Pont Royal, o rio Sena se tornou um museu de arte, quando retratos presentes em obras-primas do Museu do Louvre emergiram parcialmente da água para cumprimentar os atletas, enquanto um portador da tocha mascarado voltou no tempo pelo corredor do museu para testemunhar o roubo da icônica Mona Lisa.
Enquanto os atletas seguiam para Trocadero, a chama Olímpica também seguia seu caminho até seu destino final: o Jardin des Tuileries. A jornada começou com uma viagem pelo metrô francês pelas mãos da lenda do futebol Zinédine Zidane. Entregue a um portador mascarado, a tocha voou pelos telhados parisienses. Os heróis esportivos franceses Teddy Riner e Marie-José Pérec pegaram a chama para a caminhda até a pira — um anel de chamas preso a um balão de ar quente, em homenagem ao primeiro voo com um balão movido a hidrogênio ocorrido no mesmo local, em 1783.
Aceso, o balão subiu aos céus quando as primeiras notas da canção “L’hymne à l’amour”, de Edith Piaf, soaram e a estrela global da música Celine Dion emergiu na Torre Eiffel para saudar Paris e os Jogos Olímpicos em sua primeira apresentação ao vivo desde que anunciou seu diagnóstico de “síndrome da pessoa rígida”.